Sinusite Odontogênica
FRANCHE, GL; KRUMENAUER, RCP; MEZZARI, A; WIEBELLING, AMP.
“A Sinusite maxilar crônica de origem dentária é uma doença cuja prevalência é muitas vezes subestimada. É mais freqüente em adultos do que em crianças. Apesar de presente ao nascimento, o seio maxilar não atinge o tamanho adulto antes dos 8 ou 9 anos. Após essa idade , a cavidade se expande com o crescimento , permanecendo no terço médio da face.”
“A causa mais comum é o granuloma apical , especialmente do primeiro molar, mas periodontite avançada deve ser considerada como fator etiológico.”
“A dor sinusal devido a doenças dentárias é na maioria das vezes secundária a condições periapicais e também a mal oclusão ou devido à tromboflebite envolvendo o plexo pterigóide.”
“Os dentes mais envolvidos nestes processos patológicos são o primeiro , o segundo molar e o segundo pré-molar provavelmente devido à distância desses e do seio maxilar. Enquanto ao nível do pré-molar a distância é de 7,6 mm e ao nível do canino é 7 mm., a distância do segundo pré-molar é de 2,9 mm, do primeiro molar é 2,3 mm e do segundo molar é de 1,3 mm. Em alguns casos , a lâmina óssea está ausente , havendo apenas uma fina camada de tecido conectivo entre o ápice dentário e o assoalho do seio maxilar. A sinusite odontogênica é mais freqüente em adultos do que em crianças, principalmente nos pacientes com lesões orais, como dentes sépticos e seqüela de radioterapia.”
“A imagem do seio irá freqüentemente mostrar uma imagem radiopaca que corresponde ao corpo estranho intranasal. Além de amálgama dentário, fragmentos de dentes, de obturações ou cones de prata, a imagem também pode ser devida a infecção fúngica.”
“Alguns estudos têm sido realizados para se evitar uma exploração sinusal maior no tratamento da sinusite odontogênica. A sinusotomia da parede anterior do seio maxilar pode acarretar complicações como a nevralgia do trigêmeo, persistência da infecção e recorrência da fístula oro-antral. Estudo realizado por Lopatatin AS et al avaliou a técnica nasossinusal e observou menor incidência de complicações e menor morbidade que a técnica externa. Iibuko et al demonstrou que a irrigação do seio maxilar através da raiz dentária com soro fisiológico mais antibióticos sistêmicos pode proporcionar resultados significativos.”
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