sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fichamento 10


Sinusite Odontogênica
FRANCHE, GL; KRUMENAUER, RCP; MEZZARI, A; WIEBELLING, AMP.

“A Sinusite maxilar crônica de origem dentária  é uma doença  cuja  prevalência é muitas vezes subestimada. É mais freqüente em adultos do que em crianças. Apesar de presente ao nascimento, o seio maxilar não atinge o tamanho adulto antes dos 8 ou 9 anos. Após essa idade , a cavidade se expande com o crescimento , permanecendo no terço médio da face.”
“A causa mais comum é o granuloma apical , especialmente do primeiro molar, mas periodontite avançada deve ser considerada como  fator etiológico.”
“A dor sinusal devido a doenças dentárias é na maioria das vezes secundária a condições periapicais e também a mal oclusão ou devido à tromboflebite envolvendo o plexo pterigóide.”
“Os  dentes  mais  envolvidos  nestes  processos patológicos  são  o  primeiro  ,  o  segundo molar  e  o  segundo pré-molar provavelmente devido à distância desses e do seio maxilar. Enquanto ao nível  do pré-molar a distância é de 7,6 mm e ao nível do canino é 7 mm., a distância do segundo pré-molar é de 2,9 mm,  do primeiro molar é 2,3 mm e do segundo molar  é  de  1,3 mm. Em  alguns  casos  ,  a  lâmina  óssea  está ausente , havendo apenas uma fina camada de tecido conectivo entre o ápice dentário e o assoalho do seio maxilar. A sinusite odontogênica é mais freqüente em adultos do que em crianças, principalmente nos pacientes  com  lesões orais,  como dentes sépticos e seqüela de radioterapia.”
“A  imagem  do  seio  irá  freqüentemente mostrar uma  imagem  radiopaca  que    corresponde  ao  corpo  estranho intranasal. Além de amálgama dentário, fragmentos de dentes, de obturações ou cones de prata, a imagem também pode ser devida a infecção fúngica.”
“Alguns  estudos  têm  sido  realizados  para  se  evitar uma  exploração  sinusal maior  no  tratamento  da  sinusite odontogênica. A sinusotomia da parede anterior do seio maxilar pode acarretar complicações como a nevralgia do  trigêmeo, persistência da  infecção e  recorrência da  fístula oro-antral. Estudo realizado por Lopatatin AS et al avaliou a técnica nasossinusal  e  observou   menor  incidência  de  complicações  e menor morbidade  que  a  técnica  externa.  Iibuko  et  al demonstrou  que  a  irrigação  do  seio maxilar  através  da  raiz dentária com soro fisiológico mais antibióticos sistêmicos pode proporcionar resultados significativos.”

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