Genética e Psicologia
O Psicólogo que trabalha com aconselhamento genético.
COSTA JR, AL.
“A demanda social crescente em áreas da saúde tem exigido dos psicólogos que atuam em psicologia da saúde, medicina comportamental e psicologia hospitalar a necessidade de que estejam constantemente aprimorando seus conhecimentos teóricos e técnicos, objetivando suprir, com eficiência, as necessidades detectadas e, ainda contribuir para o efetivo (e crescente) reconhecimento da psicologia como uma ciência da saúde.”
“Uma dos campos da saúde em que o psicólogo vem sendo gradativamente solicitado a contribuir é a da genética clínica, especificamente em atividades relacionadas a processos de aconselhamento genético de indivíduos portadores e/ou afetados por anomalias de etiologia genética. Segundo Gelehrter e Collins (1995), o reconhecimento do papel de fatores genéticos como variável etiológica de diversas doenças humanas, fez da genética clínica um dos campos de maior desenvolvimento científico e tecnológico da medicina.”
“Até bem pouco tempo, a genética do comportamento se preocupava em compreender até que ponto o material genético, transmitido hereditariamente, poderia explicar suficientemente a enorme diversidade do comportamento humano. Em outras palavras, na tentativa de atribuir valor explicativo ao comportamento, os pesquisadores se perguntavam até que momento poderiam utilizar a informação genética, considerando sua base molecular e bioquímica, sem cair em modelos simplistas ou meramente organicistas de explicação do comportamento humano.”
“Segundo estudos recentes (Thompson & Thompson, 1996; Borges-Osório & Robinson, 1993), um serviço eficiente de aconselhamento genético deve incluir o pleno desenvolvimento de, pelo menos, três objetivos complementares:
1. A análise técnica de riscos genéticos, isto é, a descrição biológica da gravidade da anomalia genética, seus efeitos orgânicos (morfológicos e funcionais), sua letalidade e provável prognóstico, considerada um dado indivíduo ou uma dada população.
2. A análise e o atendimento às implicações psicossociais da anomalia para o paciente, incluindo transtornos mentais e de comportamento relacionados a pensamentos, sentimentos, expectativas e receios, por exemplo.
3. A compreensão de conflitos psicológicos (cognitivos e afetivos) dos familiares do paciente e a respectiva assistência psicológica indicada (Lima, 1997; Jorde, Carey & White, 1996).”
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